domingo, 15 de maio de 2011

Há um século contando a história de BH
Museu Abílio Barreto continua a cativar população da capital com seu acervo histórico
Por Daniel Arantes
Situado num casarão antigo no bairro Cidade Jardim, região tradicional da capital mineira, o Museu Histórico Abílio Barreto tem um espaço amplo para exposições, palestras, congressos e seminários e sua importância é notória para a população da cidade.
Sua origem data de 1935, quando o jornalista Abílio Barreto começou a organizar o Arquivo Geral da Prefeitura. Documentos e objetos eram guardados pelo jornalista de forma selecionada: peças originárias do antigo arraial do Curral Del Rey eram separadas das relacionadas à nova capital, já urbanizada. Assim, com este trabalho sendo desenvolvido, iniciou-se a restauração do prédio destinado para sediar o museu: a antiga fazenda Casa do Leitão. Em 18 de fevereiro de 1943, inaugurou-se o Museu Histórico de Belo Horizonte, recebendo, quinze anos mais tarde, a denominação atual, em homenagem ao seu idealizador e primeiro diretor.
As exposições costumam tratar de temas relacionados à vida cotidiana das pessoas. Projetos também são realizados, como o Foto em Pauta, onde um fotógrafo é convidado a expor seu trabalho de forma ordenada e impactante. Sebastião Salgado foi um dos grandes fotógrafos que já passaram pelo museu. Sua exposição, chamada In Princípio, apresentava a vida nas plantações de café e a rotina de trabalhadores na produção da bebida.  Vinte e cinco belas imagens em preto e branco, de grande relevância para àqueles que se emocionam com a dura vida do campo. Essa é a verdadeira função do Museu Histórico Abílio Barreto: proporcionar momentos de aprendizado sobre a história e a cultura da capital, trazendo ainda mais conhecimento para a população da cidade.
No ano de 1998, o Museu ganhou um prédio anexo, idealizado pelo então diretor Arnaldo Godoy.  Neste local, foi instalado o Café do Museu, onde os visitantes poderiam degustar das bebidas do local enquanto apreciam as exposições do saguão. Além disso, o novo prédio facilitou a visita de pessoas com deficiência física, com a instalação de rampas de acesso a várias salas do Museu.
Mesmo com toda modernidade implantada no Museu, o casarão, lugar aonde tudo começou, não ficou obsoleto. Exposições e mostras, retratando a história da cidade e do museu ainda são feitas no local, como a mostra comemorativa do sexagésimo aniversário do museu. Foram expostas plantas, fotografias e mapas durante todo mês de Junho, para todos os interessados na origem e história do Abílio Barreto. Construção mais antiga de Belo Horizonte, não se pode negar que o Museu faz parte da história da capital mineira.
                                                                                       
Simples, Chique e Luxuoso
Por Cláudia Sarsur
Há 12 anos morando na capital mineira e eu ainda não tinha conhecido o Museu Histórico Abílio Barreto. Uma visita surpreendente, pois nunca havia imaginado o que se passava ali e o porquê da existência desse museu em uma região central de Belo Horizonte.
Subindo as escadas que dão acesso ao museu já tive uma boa expectativa, pois além das construções do prédio novo contrastando com as da antiga casa, o visual é lindo, tem um jardim maravilhoso, onde encontrei várias pessoas, umas lendo, outras namorando e até famílias com crianças brincando. Um ambiente muito harmonioso. 
O museu se divide em duas construções. A primeira é a principal atração, segundo um guia, se trata da antiga sede da Fazenda Velha do Leitão, e o único prédio remanescente do arraial de Curral d`El Rey.
As obras do acervo compõem-se de numerosa pinacoteca, esculturas, objetos decorativos, fragmentos construtivos originários de prédios públicos e privados demolidos, mobiliário, vestuário, utensílios domésticos e de uso pessoal, objetos de iluminação e de transporte, equipamentos e instrumentos de trabalho.
O acervo fotográfico são imagens desde 1894 até os anos recentes. Este registra o desenvolvimento urbano e testemunha eventos, costumes e tradições de Belo Horizonte, englobando em torno de 20.000 itens. Possui ainda informações em textos manuscritos e impressos, mapas, plantas e projetos arquitetônicos.
A outra construção é recente, inaugurada em 1998, quando Célio de Castro era o prefeito. Este anexo expõe fotos demonstrativas das modificações sofridas na paisagem belorizontina ao longo dos anos, monumentos criados, pessoas que se destacaram naquela época e retratos contemporâneos da cidade incluindo partes de sua periferia.
O museu possui uma área externa maravilhosa, com um jardim arborizado com árvores centenárias. O jardim reconta a história da cidade que foi planejada - há pouco mais de um século - para substituir Ouro Preto como capital de Minas Gerais. Já nesse espaço encontramos peças antigas expostas, como um bonde - que naquela época circulou pela cidade, uma cabine de elevador, carro de boi, uma locomotiva, entre outras.
É simplesmente encantador; uma viagem ao tempo e dá uma vontade de ter vivido em uma época onde o simplório era chique e luxuoso. O Museu Histórico Abílio Barreto proporciona conhecimento e valorização da herança cultural de Belo Horizonte, zelando pela identidade da cidade e de sua gente.
E tudo no pequeno museu se torna atraente e tem grande valor, mas sem dúvida, a maior peça exposta no museu é o casarão. De uma amplitude extraordinária, o pé direito da casa é enorme, as vigas de madeira no interior da casa, as grandes portas e janelas da época e o assoalho, tudo em madeira maciça. Sem falar de alguns objetos que me chamaram atenção como as esculturas dos santos, que além da religiosidade, eram usadas como decoração. E os quadros e as fotos nas paredes nos remetem claramente o que se passava em Belo Horizonte antigamente, como um que exibe a festa de inauguração na Praça da Liberdade.
O Museu Histórico Abílio Barreto é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o IPHAN, registrado no livro Histórico, e fica localizado na Avenida Prudente de Morais, 202 - Bairro Cidade Jardim.

http://zinequanon.com.br/espacos/espacoAbilio.htm
Comentário

O Museu Histórico Abílio Barreto foi inaugurado em 1943 e recebeu esse nome em homenagem ao historiador Abílio Barreto. O museu mostra lugares que foram e são emblemáticos na historia da capital, preservando hábitos tradicionais trazendo a memória do povo.
As exposições costumam tratar de temas relacionados a vida cotidiana das pessoas. O espaço físico do museu divide-se em duas edificações e um jardim ligando-os.
 A primeira é o antigo casarão que foi sede da fazenda do Leitão (antiga propriedade do Curral Del Rey, para quem não sabe Belo Horizonte nasceu dessa pequena vila - e a fazenda do Leitão foi hospedagem dos engenheiros e construtores de BH) tendo sido construída por volta de 1883.
A parte recente, inaugurada na década de 90, compreende um edifício onde tem uma galeria de fotos retratando a história do espaço urbano de BH.
O jardim possui um bonde que antigamente circulou por BH e árvores centenárias .

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