quinta-feira, 28 de abril de 2011

Praça da Estação

A centenária Praça da Estação em sua melhor fase

Reforma ocorrida ao longo da primeira década deste século deu vida nova a espaço público no Centro de BH

Carolina Coutinho - Repórter - 4/04/2011 - 16:34

Emmanuel Pinheiro
Depois de anos de tantas intervenções urbanas e arquitetônicas ao seu redor, e até um certo localizada bem no Centro de Belo Horizonte, parece estar hoje em sua melhor forma. Palco de festas e de manifestações e do simples ir e vir de pessoas, o espaço público se transformou em um dos principais pontos turísticos da capital, e é reconhecida pela população como uma bela opção de lazer. Pesquisadoras afirmam que a revitalização abandono pelo poder público, a centenária Praça da Estação, inaugurada em 1904 e ocorrida ao longo da primeira década deste século deu vida nova ao local.

A Praça da Estação foi objeto de estudo do mestrado da historiadora Michele Arroyo, atual diretora de Patrimônio Cultural da capital, concluído em 2004, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Segundo ela, a praça sempre foi um espaço de referência simbólica dos belo-horizontinos por ter sido o primeiro local de chegada e saída da cidade. Antigamente, sem o acesso às várias opções de transporte que temos hoje, a população só viajava de trem. E era nessa praça a estação principal de Belo Horizonte.

Mas mesmo após as mudanças na infraestrutura de transporte na cidade, com a introdução de ônibus de viagem, carros particulares e de avião, de acordo com Michele Arroyo, a Praça da Estação continuou sendo um forte símbolo. O espaço passou a ser o ponto de ligação do centro para os bairros no que se refere ao uso do transporte público. Com a implantação do metrô, a praça ganhou ainda mais importância.

“Ela sempre teve um caráter simbólico por estar localizada no centro da cidade. Foi e é um importante ponto de manifestações políticas e, agora, de festas populares. A praça passou por uma fase de abandono, mas foi restaurada e hoje é um importante espaço de cultura e lazer. Além disso, é o caminho de casa para o trabalho, e vice-versa, de muita gente”, afirmou.

A arquiteta e urbanista Eveline Prado Trevisan, mestranda em Ciências Sociais pela PUC Minas, também foca sua tese no centro da cidade, mais especificamente no que ela chama de “baixo centro”, justamente onde está localizada a Praça da Estação. Uma de suas conclusões é que a revitalização proporcionou ao local uma diversidade maior de atividades e de pessoas.

“O estudo constatou que após a revitalização, pessoas de diversas classes sociais passaram a frequentar o espaço e os ambientes neles instalados, como o Museu de Artes e Ofícios, os bares e casas noturnas e o comércio”, ressalta ela, que participou do projeto de revitalização do espaço público.

Eveline lembra que o que mais contribuiu para a diversidade de frequentadores foi a forma com a prefeitura trabalhou na revitalização, sem fazer desapropriações. “Ela respeitou os moradores e comerciantes locais, que continuaram ali e hoje se sentem parte daquele espaço”, afirmou.

Beleza que atrai turistas

Admirados com o edifício da Estação Central da praça e com o acervo do Museu de Artes e Ofícios, os turistas italianos Giuseppe Arcuri, 33 anos, e Giouseppina Longo, 52 anos, disseram que o local é um dos mais bonitos de Belo Horizonte.

“Este prédio é muito bonito e deve ser conservado. Parece com as edificações que temos na Itália. Sempre que eu venho a Belo Horizonte gosto de vir aqui”, disse Arcuri, que é projetista e casado com a belo-horizontina Bruna Cardoso, 23 anos.

A única observação crítica do projetista em relação ao espaço é a pouca arborização. “O Brasil é um país quente e, por isso, precisa de mais árvores. Aqui é um local onde existem poucas árvores e isso deveria ser repensado”, salienta o italiano.

As estudantes de Arquitetura Ana Suelem Campos, 21 anos, Isabella Marques, 19 anos, e Andressa Câmara, 18 anos, escolheram a Praça da Estação como o local da realização de um trabalho prático da faculdade. “Viemos aqui por ser um local agradável, bonito e movimentado. Este edifício é belíssimo, parece que nem estamos em Belo Horizonte”, disse Ana Suelem.

Movimento jovem renova o espaço público

O estudo da arquiteta e urbanista Eveline Prado Trevisan também concluiu que o Movimento Praia da Estação contribuiu para a valorização da praça como um bem público, que deve ser utilizado pela população. Trata-se de uma mobilização de jovens contra um decreto do prefeito Marcio Lacerda que proibia a realização de eventos no local, como forma de proteger o patrimônio público.

O primeiro Praia da Estação aconteceu em dezembro de 2009, logo após a nova norma. Depois de inúmeras edições do manifesto, o decreto foi alterado a favor dos jovens, em maio de 2010. Mesmo após a conquista , os jovens mantiveram o movimento. Em todas as edições do protesto, eles utilizam roupas de praia, como shorts, calções e biquínis. Alguns mais empolgados chegam a levar prancha de surfe como forma de incrementar o evento. Para dar a impressão que realmente estão na praia, um caminhão-pipa é contratado para refrescar os participantes.

O jornalista Bruno Vieira, 24 anos, um dos membros do movimento, diz que a praça representa um local de entretenimento. “Foi lá que eu assisti a dois dos melhores shows da minha vida, com a banda Nação Zumbi, em 2003, e Cordel do Fogo Encantado, em 2006. A praça é um espaço de cultura, entretenimento, que depois da reforma ficou muito bacana. A população tem que aproveitá-la”, aconselha.
http://www.portalhd.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/a-centenaria-praca-da-estac-o-em-sua-melhor-fase-1.262094
COMENTARIO
Praça da estação aconteceram  alguns problemas a respeito dos populares tomar banho no chafariz, enfim isso foi resolvido, e agora se tornou cenário das  manifestações publicas, tivemos a parada Gay, depois teve muitos shows, com entrada franca,  a virada de final de ano, que foi um verdadeiro sucesso e o carnaval. A população hoje utiliza a praça para os momentos de lazer e hoje ela têm mais segurança hoje a praça ganhou vida é freqüentada por toda a sociedade .

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